O país pode regressar ao confinamento já na próxima semana e durante pelo menos 15 dias.
Essa é a indicação que o Governo transmitiu esta sexta-feira aos partidos políticos e aos parceiros sociais, em dois encontros que decorreram em simultâneo, sendo que este prazo de 15 dias pode ser prolongado.
CONFINAMENTO SEMELHANTE AO DA PRIMAVERA
O ministro da Economia confirma que o Governo está a ponderar “a necessidade de ter medidas mais restritivas da mobilidade da população para travar o ritmo de crescimento de contágios”.
“Aquilo que devemos ponderar como plausível é o quadro que vigorou durante o mês de abril ou o quadro que vigorou durante a primeira quinzena do mês de maio”, disse o ministro em conferência de imprensa após a Concertação Social.
Siza Vieira lembrou que nessa altura mantiveram-se em funcionamento a indústria e a construção civil, mas encerraram atividades como “o pequeno comércio não alimentar” e a restauração que funcionava apenas em regime de ‘take away’ com entrega ao domicílio.
“A simples manutenção das medidas em vigor” não será suficiente para travar o ritmo de novos casos, defende o ministro.
O governante disse ainda que um novo confinamento não deverá implicar o encerramento das escolas, cenário que o primeiro-ministro, António Costa, já tinha afastado na quinta-feira, no final da reunião do Conselho de Ministros.
Questionado sobre se as medidas serão diferenciadas tendo em conta os níveis de contágio, o ministro disse que essa questão ainda não está fechada, mas afirmou que “muito provavelmente será feito um apelo a todos os cidadãos do país” para que reduzam os contactos e a mobilidade “ao mínimo indispensável”.